- posiblemente porque interpretamos
los detalles al pie de la letra
y el conjunto en sentido figurado.
Jaime Gil de Biedma. Las persona del verbo. Ed. Seix Barral, Barcelona 2004.
Al final sempre hi ha el començament d’alguna altra cosa. Encara recordo les teves paraules abans d’anar-me’n: «No t’oblidis de plantar gira-sols quan arribi la primavera ni d’obrir l’armari dels vestits perquè s’airegin, jo encara tardaré un temps a tornar a casa». El que potser no saps és que encara conservo les flors seques de l’últim ram que et vaig regalar, com una promesa trencada o una carta sense remitent ni destinatari. L’altre dia una amiga em llegia al seu últim poema pel mòbil: «però no es pot saltar del primer esglaó al cel». Quan vaig arribar a casa em vaig posar a plorar i desprès em vaig adormir abraçat a un llibre de Pavese.
1 comentari:
"Amar é mudar a alma de casa" escreveu Mário Quintana.
Antes nao compreendia o porquê de um amor bonito e limpo como o nosso viver tanta desesperaçao e incerteza alheias à nossa vontade: Oceano, aduanas, doenças, saudades... Questionava meus conceitos pré-concebidos de que amarmo-nos sincera e profundamente é suficiente para a estabilidade de uma relaçao, e em verdade o é, afinal entre nós sabemos o quao verdadeira e tranquila é nossa relaçao. Meus questionamentos sobre o alheio que nos faz sofrer nunca foram contestados, até que dei-me conta através de suas palavras neste último post "encara conservo les flors seques de l’últim ram que et vaig regalar, com una promesa trencada o una carta sense remitent ni destinatari".
Alegro-me em poder compartir contigo o sofrimento necessário, a desesperaçao e a dor que tornam teus poemas fascinantes. Do que me cabe, e aduanas à parte, meu amor terá sempre o endereço de teu coraçao, e repousarei em teu corpo até o dia em que, finalmente a morte chegue a levar-nos. E depois ainda viveremos juntos nos poemas que deixaste, quem sabe a inspirar outros amores como o nosso.
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